Saiba o que é alopecia, suas principais causas, qual é a que você tem e quais profissionais procurar para o seu tratamento.

O que é alopecia?
A alopecia é um termo utilizado para se referir a perda parcial ou total de pelos e cabelo, podendo ser temporária ou definitiva, dependendo da causa subjacente. Essa condição pode afetar tanto homens quanto mulheres e pode ocorrer em qualquer idade. A alopecia pode se manifestar de diferentes formas, desde um afinamento progressivo dos fios até áreas de calvície localizada ou perda total dos cabelos e pelos corporais.
Quais são os tipos de alopecia?
As alopecias se classificam em:
1) Localizada e difusa. Exemplo de localizada: alopecia areata. Exemplo de difusa: eflúvio telógeno;
2) Cicatricial (irreversível) e não-cicatricial (reversível). Ex.: de cicatricial: Líquen Plano Pilar. Ex.: de não-cicatricial: Alopecia Androgenética (calvície).
Existem diversos tipos de alopecia, sendo os mais comuns:
- Alopecia androgenética: Também conhecida como calvície hereditária, é influenciada por fatores genéticos e hormonais. Nos homens, caracteriza-se pelo recuo da linha capilar e rarefação no topo da cabeça. Nas mulheres, observa-se um afinamento difuso dos fios, especialmente na região central do couro cabeludo.
- Alopecia areata: Trata-se de uma doença autoimune que provoca a queda de cabelo em áreas arredondadas ou ovais no couro cabeludo ou em outras partes do corpo, como sobrancelhas e barba. Em casos mais severos, pode evoluir para a perda total dos cabelos (alopecia totalis) ou de todos os pelos do corpo (alopecia universalis).
- A Alopecia Difusa consiste na perda generalizada e progressiva de cabelo, sem áreas específicas de calvície. O cabelo torna-se visivelmente mais fino e ralo em todo o couro cabeludo. As causas podem incluir deficiências nutricionais, estresse, doenças sistêmicas ou uso de certos medicamentos.
- A Alopecia Cicatricial resulta da destruição dos folículos pilosos, levando à formação de cicatrizes e perda permanente de cabelo. Pode ser causada por infecções, doenças inflamatórias ou condições autoimunes que afetam o couro cabeludo.
- A Alopecia por Tração ocorre devido à tensão constante nos fios de cabelo, geralmente causada por penteados apertados, como tranças, rabos de cavalo ou dreads. Essa tração contínua pode danificar os folículos pilosos e resultar em perda de cabelo nas áreas afetadas.
- A Tricotilomania é um transtorno psicológico caracterizado pelo impulso irresistível de arrancar os próprios cabelos, levando a áreas de alopecia irregular no couro cabeludo ou em outras partes do corpo. O tratamento geralmente envolve terapia comportamental e, em alguns casos, medicação.
- O Eflúvio Telógeno é uma condição em que há um aumento significativo na quantidade de fios que entram na fase de repouso (telógena) do ciclo capilar, resultando em queda difusa de cabelo. Fatores desencadeantes incluem estresse, alterações hormonais, doenças sistêmicas ou uso de certos medicamentos.
- O Eflúvio Anágeno é caracterizado por uma queda abrupta de cabelo durante a fase de crescimento ativo (anágena) do ciclo capilar. Geralmente, é desencadeado por tratamentos como quimioterapia ou exposição a toxinas, afetando rapidamente os folículos pilosos.
- A Alopecia Frontal Fibrosante é uma forma de alopecia cicatricial que afeta principalmente mulheres pós-menopáusicas. Caracteriza-se pela recessão da linha frontal do cabelo e, frequentemente, pela perda das sobrancelhas.
- O Líquen Plano Pilar é uma doença inflamatória que afeta os folículos pilosos, levando à perda de cabelo cicatricial. As áreas afetadas podem apresentar vermelhidão, irritação e, eventualmente, cicatrizes permanentes.
- O Lúpus Eritematoso Discoide é uma forma de lúpus que afeta a pele, incluindo o couro cabeludo. Lesões discoides podem levar à destruição dos folículos pilosos e resultar em alopecia cicatricial nas áreas afetadas.
- A Foliculite Decalvante é uma condição inflamatória crônica do couro cabeludo que leva à destruição dos folículos pilosos, resultando em áreas de alopecia cicatricial. É frequentemente associada a infecções bacterianas.
- A Pseudopelada de Brocq é uma forma rara de alopecia cicatricial caracterizada por pequenas áreas de perda de cabelo que podem coalescer, resultando em zonas maiores de calvície. A causa exata é desconhecida, e a condição é geralmente irreversível.
- A Alopecia Traumática é causada por fatores externos que danificam o cabelo, como trações repetidas, uso excessivo de produtos químicos ou calor, e hábitos como arrancar os próprios cabelos.
Quais são as causas da alopecia?

As causas da alopecia variam conforme o tipo:
- Genética: A predisposição genética é a principal causa da alopecia androgenética. Fatores hereditários influenciam a sensibilidade dos folículos pilosos aos hormônios androgênicos, resultando na miniaturização dos fios e na queda capilar.
- Doenças autoimunes: Na alopecia areata, há uma resposta autoimune direcionada aos folículos pilosos, interrompendo o ciclo capilar e resultando em queda localizada, que pode evoluir para formas mais severas. As causas exatas dessa resposta autoimune ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenhem um papel importante.
- Fatores hormonais: Alterações hormonais, como aquelas que ocorrem durante a gravidez, menopausa ou distúrbios da tireoide, podem contribuir para a queda de cabelo. Além disso, o uso de contraceptivos hormonais ou terapias de reposição hormonal pode influenciar o ciclo capilar.
- Estresse e fatores emocionais: Situações de estresse físico ou emocional podem desencadear ou agravar a queda de cabelo, possivelmente devido a alterações hormonais ou imunológicas associadas ao estresse.
- Deficiências nutricionais: A falta de nutrientes essenciais, como ferro, zinco, biotina e proteínas, pode enfraquecer os fios e levar à queda capilar. Dietas restritivas ou desequilibradas aumentam o risco de deficiências nutricionais que afetam a saúde capilar.
- Uso de medicamentos: Certos medicamentos, como quimioterápicos, anticoagulantes, antidepressivos e retinoides, têm como efeito colateral a queda de cabelo. A suspensão ou substituição desses medicamentos deve ser avaliada pelo médico responsável.
- Procedimentos capilares agressivos: O uso frequente de produtos químicos, como alisamentos e tinturas, além de técnicas de modelagem que envolvem calor excessivo, podem danificar os fios e os folículos, resultando em queda capilar. Penteados que tracionam os cabelos, como tranças apertadas ou rabos de cavalo, também podem contribuir para a alopecia por tração.
Como saber qual a alopecia que você tem?

O diagnóstico da alopecia envolve uma abordagem clínica detalhada, que inclui:
1) ANAMNESE: coletar a historia do paciente, ouvir toda a queixa, conhecer historico clinico e de saúde, etc.
2) EXAMES FÍSICOS: analisar o couro cabeludo e cabelo do paciente, avaliando a queda, oleosidade, presença de inflamação, descamação, etc.
3) TRICOSCOPIA: exame clínico feito em consultório com uma câmera que amplia a visão em cerca de 50x e permite identificar características que auxiliam no reconhecimento das mais diversas alopecias.
4) Não acontece na consulta, mas pode ser indicado: BIÓPSIA. Em alguns casos a biópsia pode ser indicada para auxiliar no diagnóstico da alopecia.
Como é feito o tratamento de alopecia?
O tratamento varia de acordo com o tipo de alopecia que o paciente possui. Pode incluir medicamentos, suplementos nutricionais, loções capilares, shampoos, pomadas, e até mesmo o trabalho em conjunto com outros profissionais, porque sabemos que o cabelo é um reflexo do organismo, e por isso muitas vezes o tratamento capilar consiste em cuidar de outros sistemas que vão além do próprio folículo piloso.
É importante que o uso de qualquer medicação seja supervisionado por um profissional de saúde para garantir a segurança e eficácia do tratamento.
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Quais profissionais procurar para o tratamento de alopecia?
Ao perceber sinais de queda de cabelo, é recomendável buscar a orientação de profissionais especializados:
Tratamento com Tricologista
A tricologia é a área da ciência que estuda os cabelos e o couro cabeludo. O tricologista, que pode ser um profissional com especialização em tricologia, atua na prevenção e tratamento de distúrbios capilares, como queda de cabelo, caspa, oleosidade excessiva e outros problemas relacionados. Ele realiza avaliações detalhadas, considerando fatores como hábitos diários, genética e histórico clínico do paciente, para desenvolver um plano de tratamento personalizado.
Além do dermatologista, profissionais com formação complementar em tricologia podem atuar na abordagem de distúrbios capilares, auxiliando no diagnóstico, prescrição de home care e terapias coadjuvantes para saúde capilar.
Ao enfrentar a alopecia, é fundamental procurar profissionais qualificados que possam oferecer um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz, visando a recuperação da saúde capilar e o bem-estar do paciente.
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